quinta-feira, 15 de novembro de 2012






Qual seria o motivo da vida e de tantos encontros e desencontros? A pergunta não saía da mente da mulher que seguida dentro do ônibus na direção de sua casa, depois de uma viagem cansativa, porém com momentos de felicidade. Aliás, o que é a felicidade? Seria o eterno dilema entre fim último e descobertas na caminhada? Várias perguntas estavam sem resposta. Mas, sua mente se acalmava, seu coração se aquietava... A imagem das mãos unidas. As mãos. Sempre representavam mais romantismo em sua vida do que beijos e carícias trocadas. As mãos unidas. A sensação de companhia. Os elogios depois de um dia ruim. A vida realmente era mais do que o sucesso em uma simples prova.
E a crise novamente se impunha, com a força atroz do furacão. A vida se apresentava como uma bifurcação e era necessário tomar um caminho. Qual caminho tomar? Essa pergunta a perseguia havia tempos. Mas, a resposta não emergia. Qual caminho tomar? Dizer sim? Dizer não? Seria tudo isso fruto de mais sofrimento?
As mãos, simplesmente as mãos. Elas não saíam de sua mente. A sensação de afeto. A vontade de amar. O inesperado. A magia. O amor. A distância. A Saudade. As mãos. O coração se aquece e se desespera. As mãos... E Cartola toca ao fundo. Desde agora, com outro significado. As mãos e a melancolia do samba. As mãos. O coração aquecido. As mãos. 

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