terça-feira, 4 de novembro de 2008

As músicas, às vezes, fazem mais sentido pra gente...

- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- a gente só queria o amor...
- Deus às vezes parece se esquecer
- ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenidaque a gente vai passar
- Veja você, quando é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder...
- E se amar, se amar até o fim
- sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugasnão ter o seu lugar
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maiorque estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mimque eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugare agora esta de bem
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugasnão ter o seu lugar
Diz quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além.
Vão dizerque a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela vai cair
- Conversa De Botas Batidas, Los Hermanos -

domingo, 28 de setembro de 2008


Realmente, há momento na vida da gente, em quais a gente percebe que é um ponto de inflexão...

E esses momentos nos causam medo: medo de não dar certo. Medo de perder o que queremos. Medo de deixar de sentir o que sentimos.

Em mim, causa um ódio a mim mesma.... uma auto-flagelação, como diria meu amigo querido.

Sem dúvida alguma, ficar toda romântica e boba, sem saber o que fazer é péssimo. Minha racionalidade não suporta isso.

Mas, ao mesmo tempo é necessário me permitir sentir... sentir apenas.

Não sei onde tudo isso vai dar. Não quero mais racionalizar a respeito...



Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo
Tanto
E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser tua amiga
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo, tanto
Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira
Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto

sábado, 30 de agosto de 2008

Sutil e efêmera presença...


As coisas que nos fazem feliz são assim, né? Detalhes que, normalmente, não damos importância, momentos do dia-a-dia... e, de repente, não mais que de repente, pegamo-nos sorrindo sem motivo aparentemente explícito: é a felicidade que vem nos brindar com sua sutil e efêmera presença.

Esses dias me aconteceu algo assim e há alguns minutos me peguei lembrando do doce despertar, pela manhã, com sorriso no rosto...
Era a sua presença calada ao meu lado, a capacidade de nos entendermos só com um olhar, o calorzinho no peito ao sentir a sua presença, que é percebida sem ser anunciada... Nesse dia tive certeza de que nos conhecemos de tempos: um reeencontro! Acho que esperei tanto por isso...

E mesmo diante de todo esse sentimento, vem a racionalidade... A modernidade, realmente, não nos ajuda muito... Preferia não ser um indivíduo, sede de razão e discernimento.

Faz-se necessário sentir... amar e em demasiado.
Só isso bastaria...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Se eu morresse amanhã de manhã...


De que serve viver tantos anos sem amor

Se viver é juntar desenganos de amor
Se eu morresse amanhã de manhã
Não faria falta a ninguém
Eu seria um enterro qualquer
Sem saudade, sem luto também
Ninguém telefona, ninguém
Ninguém me procura, ninguém
Eu grito e um eco responde: "ninguém!"
Se eu morresse amanhã de manhã
Minha falta ninguém sentiria
Do que eu fui, do que eu fiz
Ninguém se lembraria

sábado, 16 de agosto de 2008

Saudades...


.... às vezes, me dá uma "saudades de tudo que eu ainda não vi"...

E isso é quase insuportável!

Não dói, mas, incomoda como areia no sapato, saca? Não chega a machucar, mas, deixa a pele sensível...
É horrível se sentir assim...

Sto Agustinho estaria mesmo certo? A felicidade só existe na Cidade de Deus?

Melancolia, como diriam os italianos, é isso que eu sinto.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sobre o 'eterno retorno'


"Se a Revolução Francesa se repetisse eternamente, a historiografia francesa orgulhar-se-ia com certeza menos do seu Robespierre. Mas, como se refere a algo que nunca mais voltará, esses anos sangrentos reduzem-se hoje apenas a palavras, teorias, discussões, mais leves do que penas, algo que já não aterroriza ninguém. Há uma enorme diferença entre um Robespierre que apareceu uma única vez na história e um Robespierre que eternamente voltasse para cortar a cabeça aos franceses.
Digamos, portanto, que a idéia do eterno retorno designa uma perspectiva em que as coisas não nos aparecem como é costume, porque nos aparecem sem a circunstância atenuante da sua fugacidade. Essa circunstância atenuante impede-nos, com efeito, de pronunciar um veredicto. Poderá condenar-se o que é efêmero? As nuvens alaranjadas do poente iluminam tudo com o encanto da nostalgia; mesmo a guilhotina.
Não há muito, eu próprio me defrontei com o fato: parece incrível mas, ao folhear um livro sobre Hitler, comovi-me com algumas das suas fotografias; faziam-me lembrar a minha infância passada durante a guerra; diversas pessoas da minha família morreram nos campos de concentração dos nazis; mas o que eram essas mortes comparadas com uma fotografia de Hitler que me fazia lembrar um tempo perdido da minha vida, um tempo que nunca mais há de voltar?
Esta minha reconciliação com Hitler deixa entrever a profunda perversão inerente a ao mundo fundado essencialmente sobre a inexistência de retorno, porque nesse mundo tudo se encontra previamente perdoado e tudo é, portanto, cinicamente permitido.
Se cada segundo da nossa vida tiver de se repetir um número infinito de vezes, ficamos pregados à eternidade como Jesus Cristo à cruz. Que idéia atroz! No mundo do eterno retorno, todos os gestos têm o peso de uma insustentável responsabilidade. Era o que fazia Nietzsche dizer que a idéia do eterno retorno é o fardo mais pesado (das schwerste Gewicht)".

In: KUNDERA, Mila. A Insutentável Levaza do Ser

Sem dúvida, uma das maiores vontades do ser humano é retornar, viver novamente, voltar no tempo, para - quem sabe?! - conseguir desta vez acertar...
E acho que não é só isso... Sabe aquele trecho de Poema? "E de repente a gente vê que perdeu ou está perdendo alguma coisa, morna e ingênua, que vai ficando no caminho..."
Acho que tem um pouco disso também...
Às vezes, sinto-me roubada de mim mesma. Parece que eu fui preterida por minha própria vide e em prol de algo que não sei muito bem o que que é... Isso é um saco!
Não se trata apenas do não jogar mais handebol, até porque, eu me machuquei e foi mais isso que me afastou dos treinos...
Trata-se de todas as apresentações de coral que não fui, de todos os carinhas que eu poderia ter paquerado, de todas as festas que eu poderia ter ido, das aulas de cello que eu não fiz, enfim...
O eterno lance de sofrer por "tudo que poderia ter sido e que não foi"...

É... a vida sempre nos prega peças... e ponto!
E faz-se necessário reconciliarmo-nos com nós mesmos!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sobre Handebol e Ciências Sociais


Olimpíadas! Não há como não ficar na frente da TV vendo os jogos...

No último PAN, eu vi tantos jogos que minha irmã ficou me zuando , disse que eu deveria ter feito Educação Física.
Na verdade, no fundo, no fundo, em épocas que o esporte fica tanto em evidência como agora, eu me questiono realmente... Teria sido mais legal ter investido na minha carreira de atleta?
Hoje eu estaria no auge: 23 anos, 10 anos de treinamento...

Acabei de deixar um comentário no Blog do Borges, ponta esquerda de seleção brasileira de Handebol. Deparei-me com a idade dele: 23 anos! Ele é um mes mais velho do que eu e já morou na Espanha por causa do Handebol!
Puxa vida!!! Deve ser muiiiitoooo legal...

Eu ainda conservo uma boa alimentação, procuro ainda me exercitar, continuo dormindo bem (às vezes, fico até mais tarde acordada, mas, não me judio não...). Seria relativamente fácil continuar com a disciplina dos treinos.
Na verdade, eu sinto muito falta de gastar energia. Lembro-me que logo que interrompi minha vida de treinos de Hand, por causa da lesão no joelho direito, eu queria dar picos de corrida no correr de casa!!!
[Somente quem treina algum esporte e já passou por um afastamente forçado vai me entender ao ler isso...]

Enfim... Não há como saber da vida "que poderia ter sido e que não foi".
Sei que eu não poderia estar treinando hoje, minha perna quebrada iria atrapalhar e muito minha profissão, caso fosse se pivô em algum time qualquer.

Agora, sou acadêmica, pesquisadora, politicóloga e um notebook no meu colo, com mente e mãos funcionando já dão conta de cumprir as minhas obrigações...
Aliás, vou voltar a elas!

p.s.: deixei meu Blog no local de website próprio no comentário do Blog do Felipe Borges... Será que ele vai vir fazer uma visitinha aqui?! ;P Seria legal!!! Adoraria ter contato com um jogador profissional de Hand... conversar sempre sobre "o que perdi"...

domingo, 10 de agosto de 2008

... e tudo acontecer!


Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você

Amado - Vanessa da Mata

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

"Nem sempre..."


Aline-pererê diz:
eu sou uma crise ambulante
Aline-pererê diz:
preferia ter "aquela velha opinião formada sobre tudo", viu
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
hahaha
Aline-pererê diz:
acho que seria beemmm mais facil
Aline-pererê diz:
eu queria me deprimir por ter engordado um grama, por nao estar na moda e nao ter nenhuma roupa nova de alto corte
Aline-pererê diz:
queria sentir meu coraçao palpitar pelo primeiro babaca bonitao que eu conhecesse
Aline-pererê diz:
e ter como sonho da minha vida, casar e ter filhos
Aline-pererê diz:
e ser sustentada por aquele mesmo boçal que eu me apaixonei
Aline-pererê diz:
lindo, né?
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
lindo

[...]

Aline-pererê diz:
queria ser, às vezes, tipo miss
Aline-pererê diz:
hauhauhauhauhauhau
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
ser miss eh muito chato
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
num tem graça
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
elas são xarope...
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
maasss...
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
levo uma breja ae qdo der, dae a gente conversa...senão hj vai longe
Aline-pererê diz:
belê
Aline-pererê diz:
mas, pelos menos todos os homens do mundo querem comer elas
Aline-pererê diz:
hehe
Wallace - Se faltar o vento, a gente inventa! diz:
nem sempre

domingo, 3 de agosto de 2008

No Way Out Of Here


There's no way out of here,when you come in, your in for good
There was no promise made, the part you've played the chance youtook
There are no boundries set, the timing yet, you wasted still

So it slips thru your hands, like grains of sand, you watch itgo
There is no time to be lost, you pay the cost, so get it right
There is no way out of here, when you come in your in for good

And never was there an answer, there an answer
Not without listening, without seeing

There are no answers here, when you look out you dont see in
There was no promise made, the part you've played, the chance youtook
There's no way out of here, when you come in your in for good





sábado, 2 de agosto de 2008

O Sapo não lava o pé: um estudo filosófico


Olavo de Carvalho: O sapo não lava o pé. Não lava porque não quer. Ele mora lá na lagoa, não lava o pé porque não quer e ainda culpa o sistema, quando a culpa é da PREGUIÇA. Este tipo de atitude é que infesta o Brasil e o Mundo, um tipo de atitude oriundo de uma complexa conspiração moscovita contra a livre-iniciativa e os valores humanos da educação e da higiene!

Marx: A lavagem do pé, enquanto atividade vital do anfíbio, encontra-se alterada no panorama capitalista. O sapo, obviamente um proletário, tendo que vender sua força de trabalho para um sistema de produção baseado na detenção da propriedade privada pelas classes dominantes, gasta em atividade produtiva o tempo que deveria ter para si próprio. Em conseqüência, a miséria domina os campos, e o sapo não tem acesso à própria lagoa, que em tempos imemoriais fazia parte do sistema comum de produção.

Engels: isso mesmo.

Foucault: Em primeiro lugar, creio que deveríamos começar a análise do poder a partir de suas extremidades menos visíveis, a partir dos discursos médicos de saúde, por exemplo. Por que deveria o sapo lavar o pé? Se analisarmos os hábitos higiênicos e sanitários da Europa no século XII, veremos que os sapos possuíam uma menor preocupação em relação à higiene do pé - bem como de outras áreas do corpo. Somente com a preocupação burguesa em relação às disciplinas - domesticação do corpo do indivíduo, sem a qual o sistema capitalista jamais seria possível - é que surge a preocupação com a lavagem do pé. Portanto, temos o discurso da lavagem do pé como sinal sintomático da sociedade disciplinar.

Weber: A conduta do sapo só poderá ser compreendida em termos de ação social racional orientada por valores. A crescente racionalização e o desencantamento do mundo provocaram, no pensamento ocidental, uma preocupação excessiva na orientação racional com relação a fins. Eis que, portanto, parece absurdo à maior parte das pessoas o sapo não lavar o pé. Entretanto, é fundamental que seja compreendido que, se o sapo não lava o pé, é porque tal atitude encontra-se perfeitamente coerente com seu sistema valorativo - a vida na lagoa.

Nietzsche: Um espírito astucioso e camuflado, um gosto anfíbio pela dissimulação - herança de povos mediterrâneos, certamente - uma incisividade de espírito ainda não encontrada nas mais ermas redondezas de quaisquer lagoas do mundo dito civilizado. Um animal que, livrando-se de qualquer metafísica, e que, aprimorando seu instinto de realidade, com a dolcezza audaciosa já perdida pelo europeu moderno, nega o ato supremo, o ato cuja negação configura a mais nítida - e difícil - fronteira entre o Sapo e aquele que está por vir, o Além- do-Sapo: a lavagem do pé.

Filmer: Podemos ver que, desde a época de Adão, os sapos têm lavado os pés. Aliás, os seres, em geral, têm lavado os pés à beira da lagoa. Sendo o sapo um descendente do sapo ancestral, é legitimo, obrigatório e salutar que ele lave seus pés todos os dias à beira do lago ou lagoa. Caso contrário, estará incorrendo duplamente em pecado e infração.

Locke: Em primeiro lugar, faz-se mister refutar a tese de Filmer sobre a lavagem bíblica dos pés. Se fosse assim, eu próprio seria obrigado a lavar meus pés na lagoa, o que, sustento, não é o caso. Cada súdito contrata com o Soberano para proteger sua propriedade, e entendo contido nesse ideal o conceito de liberdade. Se o sapo não quer lavar o pé, o Soberano não pode obrigá-lo, tampouco recriminá-lo pelo chulé. E, ainda afirmo: caso o Soberano queira, incorrendo em erro, obrigá-lo, o sapo possuirá legítimo direito de resistência contra esta reconhecida injustiça e opressão.

Kant: O sapo age moralmente, pois, ao deixar de lavar seu pé, nada faz além de que atuar segundo sua lei moral universal apriorística, que prescreve atitudes consoantes com o que o sujeito cognoscente possa querer que se torne uma ação universal.

Nota de Freud: Kant jamais lavou seus pés.

Freud: Um superego exacerbado pode ser a causa da falta de higiene do sapo. Quando analisava o caso de Dora, há vinte anos, pude perceber alguns dos traços deste problema. De fato, em meus numerosos estudos posteriores, pude constatar que a aversão pela limpeza, do mesmo modo que a obsessão por ela, podem constituir-se num desejo de autopunição. A causa disso encontra-se, sem dúvida, na construção do superego a partir das figuras perdidas dos pais, que antes representavam a fonte de todo conteúdo moral do girino.

Jung: O mito do sapo do deserto, presente no imaginário semita, vem a calhar para a compreensão do fenômeno. O inconsciente coletivo do sapo, em outras épocas desenvolvido, guardou em sua composição mais íntima a idéia da seca, da privação, da necessidade. Por isso, mesmo quando colocado frente a uma lagoa, em época de abundância, o sapo não lava o pé.

Hegel: podemos observar na lavagem do pé a manifestação da Dialética. Observando a História, constatamos uma evolução gradativa da ignorância absoluta do sapo - em relação à higiene - para uma preocupação maior em relação a esta. Ao longo da evolução do Espírito da História, vemos os sapos se aproximando cada vez mais das lagoas, cada vez mais comprando esponjas e sabões. O que falta agora é, tão somente, lavar o pé, coisa que, quando concluída, representará o fim da História e o ápice do progresso.

Comte: O sapo deve lavar o pé, posto que a higiene é imprescindível. A lavagem do pé deve ser submetida a procedimentos científicos universal e atemporalmente válidos. Só assim poder-se-á obter um conhecimento verdadeiro a respeito.

Schopenhauer: O sapo cujo pé vejo lavar é nada mais que uma representação, um fenômeno, oriundo da ilusão fundamental que é o meu princípio de razão. A Vontade, que o velho e grande filósofo de Königsberg chamou de Coisa-em si, e que Platão localizava no mundo das idéias, essa força cega que está por trás de qualquer fenômeno, jamais poderá ser capturada por nós, seres individuados, através do princípio da razão, conforme já demonstrado por mim em uma série de trabalhos, entre os quais o que considero o maior livro de filosofia já escrito no passado, no presente e no futuro: O mundo como vontade e representação.

Aristóteles. O [sapo] lava de acordo com sua natureza! Se imitasse, estaria fazendo arte. Como [a arte] é digna somente do homem, é forçoso reconhecer que o sapo lava segundo sua natureza de sapo, passando da potência ao ato. O sapo que não lava o pé é o ser que não consegue realizar [essa] transição da potência ao ato.

Platão: O sapo que vemos é nada além da corruptela do sapo ideal, que a alma conheceu antes da Queda. O sapo ideal lava seus pés eternos com esponjas imutáveis, num mundo sem movimento. O sapo imperfeito, porém, jamais lava os pés.

Diógenes de Laércio: Foda-se o sapo, eu só quero tomar meu sol.

Parmênides de Eléia: Como poderia o sapo lavar os pés, ó deuses, se o movimento não existe?

Heráclito de Éfeso: Quando o sapo lava o pé, nem ele nem o pé são mais os mesmos, pois ambos se modificam na lavagem, devido à impermanência das coisas.

Epicuro: O sapo deve alcançar o prazer, que é o Bem supremo, mas sem excessos. Que lave ou não o pé, decida-se de acordo com a circunstância. O vital é que mantenha a serenidade de espírito e fuja da dor.

Estóicos: O sapo deve lavar seu pé segundo as estações do ano. No inverno, mantenha-o sujo, que é de acordo com a natureza. No verão, lave-o delicadamente à beira das fontes, mas sem exageros. E que pare de comer tantas moscas, a comida só serve para o sustento do corpo.

Descartes: nada distingo na lavagem do pé senão figura, movimento e extensão. O sapo é nada mais que um autômato, um mecanismo. Deve lavar seus pés para promover a autoconservação, como um relógio precisa de corda.

Bobbio: existem três tipos de teoria sobre o sapo não lavar o pé. O primeiro tipo aceita a não-lavagem do pé como natural, nada existindo a reprovar nesse ato. O segundo tipo acredita que ela seja moral ou axiologicamente errada. A terceira espécie limita-se a descrever o fenômeno, procurando uma certa neutralidade.

Disponível na rede, no entanto, roubei de um lugar específico: http://aleatoriosanonimos.blogspot.com/)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Entrevista em um min.


Taí... umas das iniciativas mais legais que eu já vi em uma rádio: entrevistas com o pesquisadores (as) para falar de suas pesquisas. Essas entrevistas em um min. irão passar na Rádio UFSCar
durante a programação.

Senti-me importante! =)


p.s.: vou tentar fazer upload do arquivo de som aqui... não sei se é possível.

terça-feira, 29 de julho de 2008


É incrível como a gente tá andando por aí e, de repente ("não mais que de repente") a gente pode escorregar e cair... Isso até que é engraçado, especialmente, quando o tombo é de bumba, como foi o meu ontém pela manhã... O foda é ter que colocar gesso e não poder apoiar o pé por quinze dias no chão... ¬¬
[a imagem é da fíbula, o ossinho que eu quebrei: o caso aí é de uma que precisou colocar pinos... se eu ficar bem quietinha e "colar" bem meu osso, não vou precisar passar por isso]
Solução: andar feito sai-pererê pela casa e pensar muito antes de levantar para ir ao banheiro ou para qualquer coisa assim. Estou presa dentro de casa... nem mesmo ao quintal posso ir, pois, tem degraus pra todos os lados nessa casa!
É impressionante como a gente não pensa nisso quando não tem alguma dificuldade de locomoção.
Por exemplo, lembrei-me dos novos caminhos que a UFSCar está implantando... Eles são diferentes: é possível sentir a "textura" com os pés, mesmo com tênis ou algum calçado. E o mais legal é que quando há alguma alteração no caminho, eles mudam... o mais comum são tirinhas contínuas azuis, quando muda, temos aquele de bolinhas amarelas. São aqueles pisos emborrachados, pra quem nunca viu e quer visualizar mentalmente.

Enfim, está sendo uma grande chatice tudo isso. Ter uma dificuldade absurda pra me locomover, tomar banho de chuveirinho e sentada na cadeira (parece coisa de "inválido", credo, esse termo é muito forte!), ter que pedir ajuda aos demais da casa que daqui a pouco não vão mais suportar ouvir o meu chamado...
Como deu realmente certo essa invenção chamada indivíduo que a modernidade constuiu pra gente, né?! É realmente muito chato depender dos outros... =/
Parece que a gente se sente menos gente.

Daí eu fico pensando em como a nossa visão de mundo está estritamente relacionada à nossa vivência. Não adianta, como diria Leonardo Boff: "Os olhos vêem de onde os pés pisam". Acho que não existe maneira melhor de visualizar isso. Sim, visualizar. Texto também é imagem (bom, quem lê isso aqui, sabe que eu não curto texto do tipo introdução, argumentos, conclusão, ou seja, forminhas que nos ensinam no secundário).
Sendo assim, não me admira nada que muitas pessoas enxerguem a população de rua como paisagem da cidade... puxa! Eu nem tinha me tocado das dificuldades de locomoção de outras tantas pessoas!
Penso que apenas lembrei de estudar população de rua por causa de um trabalho realizado há algum tempo em Americana...

Acho que é necessário andarmos e pisarmos por mais lugares do mundo!

domingo, 27 de julho de 2008

Is this to end or just begin?


ALL OF MY LOVE - Led Zeppelin

Should I fall out of love, my fire in the light
To chase a feather in the wind
Within the glow that weaves a cloak of delight
There moves a thread that has no end.

For many hours and days that pass ever soon
The tides have caused the flame to dim
At last the arm is straight, the hand to the loom
Is this to end or just begin?
* chorus: all of my love, all of my love, all of my love to you. (repeat)

The cup is raised, the toast is made yet again
One voice is clear above the din
Proud aryan one word, my will to sustain
For me, the cloth once more to spin

Chorus

Yours is the cloth, mine is the hand that sews time
His is the force that lies within
Ours is the fire, all the warmth we can find
He is a feather in the wind

Chorus


quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sobre cibercrimes no Congresso...



Bom... recebi isso por e-mail e achei legal divulgar aqui.
Se essa lei der certo, eu serei criminosa, porque, não pedi aos autores para publicar... rs! ;P

_____________________________

ESTA PETIÇÂO AGORA É DIRECIONADA A CAMARA DOS DEPUTADOS - Na noite de 09/07 o Senado aprovou o projeto de forma velada, pegando a todos nós de surpresa. Desta forma temos de dar uma resposta á altura coletando o máximo de assinaturas possível dentre outras ações que estão sendo desenvolvidas. Não podemos desistir de exercer nosso direito á democracia.

To: Senado Brasileiro

EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA

A Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.

A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento.

O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural. A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana.

E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil. Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência.

Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.

Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém!

Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.

O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"?

Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime. Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI.

Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira.


André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.

Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.

João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais


Clique aqui para assinar a petição online


Fonte: http://www.petitiononline.com/veto2008/petition.html

terça-feira, 22 de julho de 2008

Língua Portuguesa é engraçada...


aLiNe diz:

que delicia
Daniel Estevão diz:
aliás, não é tão grande
Daniel Estevão diz:
mas é grossa
aLiNe diz:
uhu
aLiNe diz:
isso é pornográfico
Daniel Estevão diz:
eu sou hetero hein
Daniel Estevão diz:
ahahahaha
aLiNe diz:
hauhauhaua

Isso foi uma conversa de MSN sobre uma barra de chocolate! ;P

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sobre escrever e niguém ler...


Há dias que nenhuma postagem minha tem seguer um comentário. Não sou pop: fato.


Mas, é bacana escrever pelo simples fato de gostar de escrever e sempre ter alguma coisa a dizer...
Dae, não fica aquela coisa de escrever bonitinho, citar os nomes certos, mandar para as pessoas certas lerem e ter mais uma brilhante entrada no Lattes.

Sim, pelas últimas postagens e comentários que tenho feito, se alguém ainda lê isso aqui (mesmo que não comente) deve estar pensando consigo mesmo (a): "essa menina está de saco cheio da academia".

E eu repondo: "estou... desde sempre".
Incrivelmente, estou escrevendo muito bem, rendendo nas minhas reflexões e leituras.
Fui apresentar em um congresso na UNICAMP e tudo mais... A vida é engraçada.

Termino por aqui, porque, tenho que ler mais um pouco. Escrever com maior disciplina textos científicos e descobrir o que vou discutir com um amigo amanhã sobre ONG's, terceiro setor, sociedade civil... essas coisas. Trabalho de Política Brasileira I.

É... assim é a vida de uma mestranda... acostumem-se.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Possibilidades da Política


Hoje adicionei um novo link aqui no Blog:
Possibilidades da Política.
Muito legal! Não tive oportunidade ainda de ler tudo, mas, adorei a iniciativa!!!

Como sempre vivo dizendo: politicólogos, normalmente, produzem textos muito compartimentados... Aquela coisa do: "A acontece por três motivos, sejam eles: i) bla, bla; ii) bla, bla, bla e iii) bla, bla, bla, bla...". E nos próximos três parágrafos vêm o desdobramento desses argumentos e por último a conclusão... Ohhhhh!!! Levem a mal não, mas, essa forminha me ensinaram no secundário!

Escrever, mesmo que científicamente, tem que ter algo de criativo (olha a ameaça da burocracia weberiana), algo de poético... Não sei dizer. Todavia, tem que ter algo mais que uma forminha que aprendemos na escola.
Não estou falando que amo ler Pierre Bourdieu ou Florestan Fernandes, mas, acho difícil ver um texto bem escrito no campo da Política. Bem escrito no sentido de menos compartimentado...

Enfim. Toda essa explicação para dizer que adorei a iniciatiava desse professor renomado, pois, o espaço de Blog é bem mais "livre" e assim achamos pensamentos legais dele... Assim, ele pode ser mais Marco Aurélio e menos Nogueira.
Não sei se foi essa a intenção dele. Mas, como o próprio texto dele do Grasmici ressalta: o importante é pensar, mesmo "sem disto ter consciência crítica" e, permito-me acrescentar, correspondência com a realidade. Fica a dica.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Diário de viagem...


... fui viajar: mil coisas que eu refleti e queria postar.

Começando pelo final da viagem... conheci alguém especial. Queria muito ter pego, além do e-mail dele, o telefone e ligar... A conversa fluiu... pensamos muito igual. Ele é bonito. Tive vontade de beijá-lo na boca!
Isso pode ser indício de carência... Isso pode ser indício de paixão... pode ser também que amor à primeira vista exista. Não sei.
Mas, estou com uma vontade louca de revê-lo. Tomara que as férias passem logo ou que ele fique mais tempo aqui que ele tinha previsto.

AMERICANA: sempre muito bom voltar...
É meio estranho até, mas, não me sinto mais em casa lá. Aliás, não me sinto em casa aqui em Sanca também e estou com vontade de ir estudar na UNICAMP. Acho que perdi a territorialidade. Viva a modernidade líquida de Baumann!!!
Família, amig@s, pessoas especiais, ex-amor (que ainda mexe comigo, admito), gurizinha bochechuda lindinha da minha amiga Paulinha, comidas diversas e saborosas (quilos a mais)... tudo foi ótimo!
Aprender a caminhas horas e horas e o dia todo de bota de salto alto. Um luxo (meu pé ficou um lixo).

CAMPINAS: Mostra Científica na ANPG
Pessoas legais e interessantes, moços bonitinhos (meio científico também é local de paquera), passeios por Campinas, advinhar onde é a rodô nova (que pensa que é aeroporto, de tão chiquérrima que é), amigos novos, dicas de pesquisa, rever o Allan, comer comida boa (e cara!) num restaurante perto da UNICAMP... enfim... dia cheio e muito proveitoso.

Foi isso...
Mas, disso tudo, ainda fica a vontade de rever o mocinho que tem nome de anjo.

Aiaiaiaiaiaiai...





quinta-feira, 10 de julho de 2008

Sobre alguém lembrar de mim...


Oh, minha menina és de tudo que mais belo existe
Ver tua beleza é esquecer tudo que há de triste
Tua presença Aline é tão sublime quanto o mar e o ar
E estar sempre ao teu lado é ser amado e ter pra sempre o teu

Olhar que faz meu bem querer, sustenta meu amor
Que faz com que a cada dia eu te ame mais...

Sei que a tua boca já beijou a outra que não a minha
Sei que já amou a outros quando não me conhecia
Mesmo assim Aline teu carinho me tomou o peito
Hoje sem você não mais consigo ser do mesmo jeito

Então dedico a ti esta canção
Tentando em notas dizer
Que eu te amo tanto
Tentando gritar ao mundo
Aline sem você confesso eu não vivo
Sem você minha vida é um castigo
Sem você prefiro a solidão
A sete palmos do chão

Aline - Los Hermanos

*Alguém poderia lembrar-se de mim ao ouvir essa música, não?! Seria fofo!!! ^^



segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sobre lembrar de alguém...


Honey you are a rock
Upon which I stand
And I come here to talk
I hope you understand

That green eyes
Yeah the spotlight shines upon you
And how could anybody deny you
I came here with a load
And it feels so much lighter
Now I met you
And honey you should know
That I could never go on without you
Green eyes

Honey you are the sea
Upon which I float
And I came here to talk
I think you should know

That green eyes
Youre the one that I wanted to find
And anyone who tried to deny you
Must be out of their mind

Because I came here with a load
And it feels so much lighter
Since I met you
And honey you should know
That I could never go on without you
Green eyes
Green eyes
Ooh ooh ooh ooh
Ooh ooh ooh ooh
Ooh ooh ooh ooh

Honey you are a rock
Upon which I stand

Green Eyes - Coldplay


Carinho especial por essa música... faz-me lembrar de alguém... lindinha, né?


sábado, 5 de julho de 2008

Sempre a mesma reflexão...


É por medo de sofrer que a gente sofre por não realizar as coisas.

Às vezes, isso faz mais sentido...

Sobre a ordem das coisas...


A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.

Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida esta todo de trás pra frente.
Nos deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.
Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade.
Você vai pro colégio, tem varias namoradas, vira criança,
não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo,
volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando....
E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?

Charles Chaplin

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sobre a vontade de escrever...


... fazia tempo que eu não sentia vontade de escrever!


Quando a gente não está muito bem, a gente vai perdendo mesmo a vontade de fazer as coisas (das mais variadas possíveis). Acho que depois de um tempo a gente sabe exatamente o significado de "morrer em vida"... daí é só esperar o caixão mesmo ou o local para se encostar.

É impressionante como, às vezes, eu percebo algumas coisas intuitivamente e demoro um tempinho pra racionalizar sobre elas: esse tempo é confusão. Total confusão...
É nessas horas que eu sinto uma profunda inveja das pessas que são 'sussa'. Eu necessito de paz interior, mas, sinto que ainda não tenho o equilíbrio... é uma gangorra. Torço que nunca perda a força nas pernas para dar o impulso para cima.

Relamente tem muita coisa que eu gostaria de escrever, mas... a música fica na minha cabeça. E como na maioria das vezes, elas falam por mim:

Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que machuca o tempo
O tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que magoa o tempo me passeia

Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
A dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul

A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta

Novamente - Ney Matogrosso

http://br.youtube.com/watch?v=rgfxTFIktMw


p.s.: desculpas sinceras aos meus amig@s pelo sumiço! ^^

sábado, 22 de março de 2008

A pedido de Hermila...


... a gente pensa demais!



segunda-feira, 17 de março de 2008

Sobre a felicidade...


" A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício
da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência
egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos
também a felicidade."

Carlos Drummond de Andrade


sexta-feira, 14 de março de 2008

O que temos feito de nós


Olhe para todos a seu redor e veja o que temos feito de nós.
Não temos amado, acima de todas as coisas.
Não temos aceito o que não entendemos porque não queremos passar por tolos.
Temos amontoado coisas, coisas e coisas, mas não temos um ao outro.
Não temos nenhuma alegria que já não esteja catalogada.
Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos,
tememos que sejam armadilhas.
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida
larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.
Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda.
Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação
para não nos envergonharmos de ser inocentes.
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio,
de ciúme e de tantos outros contraditórios.
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível.
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa.
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada.
Temos disfarçado com o pequeno medo
o grande medo maior e por isso nunca
falamos o que realmente importa.
Falar no que realmente importa é considerado uma gafe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez
de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses.
Não temos sido puros e ingênuos para
não rirmos de nós mesmos e para que no
fim do dia possamos dizer "pelo menos não fui tolo"
e assim não ficarmos
perplexos antes de apagar a luz.
Temos sorrido em público do que não sorriríamos
quando ficássemos sozinhos.
Temos chamado de fraqueza a nossa candura.
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo.
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia...


Clarice Lispector

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Sobre mim...




"1:40 da manhã, vc fala de amor, depois de agudos e graves

hahahaha, menininha sui generis"








post-scriptum: o relógio do blog ainda está louco!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Sobre o contrário do mal


Essa foi uma semana de filmes, peças de teatro, forró pra dançar... não posso reclamar.

Mas, o filme que me sensibilizou mais, apesar de ser norte-americano e fazer toda aquela apologia já conhecida sobre “os americanos [eles acham que são os únicos que moram no continente, fazer o quê (?!), são burrinhos, coitados] sempre salvam o mundo”.

Em alguns momentos é possível perceber falas mais condizentes com a realidade, como “sempre nos mandaram fechar os olhos pra isso, dessa vez não o faremos” (ou algo assim).

Bem... do mais, foi um filme de ação, daqueles que a gente quase quebra os dentes de tanta tensão na boca. Não é do meu tipo de filme favorito não, mas... a frase, aquela frase do final não me sai da mente:

“Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada”.

Edmund Burke

É... é difícil admitir, mas... acho que a gente faz NADA tem muito tempo. Nem sempre fazemos o bem ao apenas não prejudicarmos ninguém...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Céu...


Eu poderia escrever um post gigante hoje... mas, quero registrar aqui algo que percebi há algum tempo e me veio à mente quando sai lá fora:

Sinto falta de observar as estrelas e a lua!!!!

O anoitecer em Americana era muito bom... aquele mormaço que vai dando lugar à brisa noturna, as estrelas e poder observar isso da cama, deitada, relaxando... paz! Acho que era isso que eu sentia: fica ali comigo mesma, agradecendo pelo que tinha, fazendo planos, pensando em pessoas especiais...

Hoje as paredes da casa do meu vizinho não me permitem mais... sinto falta.

Daí lembrei-me de umas palavras que estão no blog de uma amiga. Acho que o Drummond descreveu a sensação perfeitamente:

"Eu não devia te dizer, mas essa lua, esse conhaque botam a gente comovido como o diabo".



p.s.: eu nem tomei conhaque, mas, aceitaria um vinho com queijos! ;P

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ainda sobre amor...


Pois é... não tem como parar de pensar mesmo. Isso aqui anda meio desatualizado porque a vida de babá me anda tomando tempo. Confesso que ficar no MSN também, às vezes, é mais divertido. Ver anime também... férias produtivas as minhas, né?

Mas, enfim, vamos lá:

Andei pensando muito sobre amor, relacionamentos e coisas assim. Não sei se eles povoavam a minha mente ou se os filmes que assisti ajudaram ou ainda se eu assisti aos filmes de maneira enviesada pelos fatos da minha vida cotidiana, todavia...

Vi The Butterfly Effect e The Bubble:

(Pra quem não viu os filmes ainda e não gosta de ler sobre antes... PARE!)

No primeiro, o mocinho por amor à mocinha renuncia à presença dela. Claro que tem os lances de voltar ao passado e tentar consertar as coisas (sonho de qualquer um), mas, a cada ato realizado, conseqüências advindas: “o simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tornado”.

No segundo, um amor fora dos padrões aceitos pela sociedade preconceituosa em qual vivemos. Uma moça que leva um fora depois de transar com o cara, um amigo curtindo uma paixão platônica assumida por outro, um estrangeiro e diferenças culturais entre Palestina e Israel.

O amor... ah, o amor... toda essa entrega...

É lindo ver como a felicidade de amar não está ligada à posse.

Quem ama realmente não prende, não machuca, não mata... quem ama, ama.

Simples assim, no amor não há espaço para obsessão. Obsessão é neurose e não amor.

Amor é querer tornar a outra pessoa feliz, mesmo que a gente abra um pouco mão da felicidade da gente.

Será que alguém voltou no tempo e abriu mão de mim por me amar?

Não sei... Mas, que é mais romântico pensar assim, é!

****************************

Quando o amor não é extremado e excessivo. As causas excessivamente intensas produzem efeitos contrários. A dor faz gritar; mas se é excessiva, faz
emudecer: a luz faz ver; mas se é excessiva, cega: a alegria alenta e vivifica; mas se é excessiva, mata.
Assim o amor: naturalmente une; mas se é excessivo, divide: Fortis est ut mors dilectio: o amor, diz Salomão, é como a morte. Como a morte, rei sábio? Como
a vida, dissera eu. O amor é união de almas; a morte é separação da alma: pois se o efeito do amor é unir, e o efeito da morte é separar, como pode ser o amor semelhante à morte? O mesmo Salomão se explicou. Não fala Salomão de qualquer amor, senão do amor forte? Fortis est ut mors dilectio: e o amor forte, o amor intenso, o amor excessivo, produz efeitos contrários.
É união, e produz apartamentos. Sabe-se o amor atar, e sabe-se desatar como Sansão: afetuoso, deixa-se atar; forte, rompe as ataduras. O amor sempre é amoroso;
mas umas vezes é amoroso e unitivo, outras vezes amoroso e forte. Enquanto amoroso e unitivo, ajunta os extremos mais distantes: enquanto amoroso e forte, divide os extremos mais unidos.

ANTONIO VIEIRA. Sermão do Mandato

sábado, 5 de janeiro de 2008

L´Amour...


Busque Amor novas artes, novo engenho.

Pera matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.


Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;


Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.

Camões


L'amour

L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ça s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ça me blesse, ou me lasse, selon les jours

L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,

Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de
caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,

L'amour, hum hum, ça ne va pas,
C'est pas du Saint Laurent,
Ça ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute
d'essayer,
Et l'amour, hum hum, je laisse tomber!

A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de
caresses, de pauvres promesses?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,

L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment!
Carla Bruni
Tradução da múcica

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Mil coisas sobre as quais escrever


Férias.... nem por isso a cabeça da gente pára de funcinar. Juro que muitas vezes eu bem que queria que existisse um botão de off ou algo como uma tela de segurança, pra rodar em época de férias na cabeça e usar menos energia... hahahaha! Eu tenho cada idéia maluca!!!!

Tenho pensado em um milhão de coisas!!!
Estão todas relacionadas ao livros que estou lendo e às crianças que estão passando férias aqui em casa (meus priminhos)...

Hum... sobre o livro escrevo depois: vou falar sobre as crianças.
Nada em especial sobre elas: são pestinhas, aprontam como todas crianças, levam bronca o dia todo, mas, sabem ser também irresistivelmente adoráveis... Aprendem com grande facilidade e têm um fôlego que qualquer estudante de graduação gostaria de ter em finais de semestre!
Ah... elas também tem crise de riso como eu costumava ter (estão rindo agora... hahaha... riso abafado pra não acordar quem dorme). Sim, sim... permiti que elas ficassem acordadas comigo. Elas queriam saber o que tanto eu fico fazendo... hahaha! Acho que estou de bom humor!!!! ^^

Mas, enfim... quero mesmo é falar sobre mim. Sobre educação...
Eu devo ser a pessoa que fica mais com eles dois e mais dou broncas... hahaha! Sei ser terrivelmente chata com crianças, chata não: rígida. Uma perfeita carrasca nazista, sem torturas, mas com trabalho forçado! Aprendi com Auschwitz que "trabalho dignifica o homem". Percebi em casa que trabalharem perto de mim em pequenos auxílios domésticos os fazem ficar quietos e eu os supervisiono melhor (eles brigam muito!). Incomodo-me com o fato de trabalho estar associado a castigo, muitas vezes. Por isso ele nos ajudam outras horas também... acho justo. O trabalho não é tamanho assim, vai, não achem que sou má!

Ai, será que consigo escrever sobre o que vim escrever aqui?! Como cientista social tem o dom de enrolar, né?
Educação... como a gente reproduz mesmo o modo como fomos educados. Eu me pareço muito com a minha mãe dando broncas e tals. É engraçado, mas, também me levou a pensar no porquê são necessárias gerações para um costume ser alterado ou pessoas surpreendentemente fora dos padrões e com muito culhão pra romper com habitus* instaurados.
Tinha pensado em mais divagações, mas, por hoje basta. São 03:03 e eu ainda quero ler mais de Ídolos de Barro.


* Habitus no conceito bourdiano é um hábito criado historicamente. É possível fazer uma melhor explicação sobre, buscar um citação, mas, eu não quero, ok? Procurem se informar sobre P. Bourdieu se vocês querem saber mais. Este não é um espaço acadêmico e eu manifesto aqui minha rebeldia.
p.s.: o relógio do Blog não está certo e não sei onde arrumar! =/

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Mudança de Planos


Ha... como não poderia deixar de ser, com todo ano que se inicia: novos ares, novos planos.

Meu Blog, que começou como o objetivo de ser "mais sério" vai ser "meu blog"... isso mesmo!
Infelizmente Poiesis não aceita mais atualizações e nas férias, quando posso postar e ler blogs, não estou conseguindo postar no meu space...
Enfim. Tenho um carinho por ele, mas, se ele não quer ser editado, vou respeitar. Afinal, toda relação deve ser pautada pelo respeito.

Também planos de um blog em comum com a Maria: não sabemos ainda ao certo como vai ser, mas, vai ser...
O ano começa promissor com blogs!!! ^^

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre

Carlos Drummond de Andrade