sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ainda sobre amor...


Pois é... não tem como parar de pensar mesmo. Isso aqui anda meio desatualizado porque a vida de babá me anda tomando tempo. Confesso que ficar no MSN também, às vezes, é mais divertido. Ver anime também... férias produtivas as minhas, né?

Mas, enfim, vamos lá:

Andei pensando muito sobre amor, relacionamentos e coisas assim. Não sei se eles povoavam a minha mente ou se os filmes que assisti ajudaram ou ainda se eu assisti aos filmes de maneira enviesada pelos fatos da minha vida cotidiana, todavia...

Vi The Butterfly Effect e The Bubble:

(Pra quem não viu os filmes ainda e não gosta de ler sobre antes... PARE!)

No primeiro, o mocinho por amor à mocinha renuncia à presença dela. Claro que tem os lances de voltar ao passado e tentar consertar as coisas (sonho de qualquer um), mas, a cada ato realizado, conseqüências advindas: “o simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tornado”.

No segundo, um amor fora dos padrões aceitos pela sociedade preconceituosa em qual vivemos. Uma moça que leva um fora depois de transar com o cara, um amigo curtindo uma paixão platônica assumida por outro, um estrangeiro e diferenças culturais entre Palestina e Israel.

O amor... ah, o amor... toda essa entrega...

É lindo ver como a felicidade de amar não está ligada à posse.

Quem ama realmente não prende, não machuca, não mata... quem ama, ama.

Simples assim, no amor não há espaço para obsessão. Obsessão é neurose e não amor.

Amor é querer tornar a outra pessoa feliz, mesmo que a gente abra um pouco mão da felicidade da gente.

Será que alguém voltou no tempo e abriu mão de mim por me amar?

Não sei... Mas, que é mais romântico pensar assim, é!

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Quando o amor não é extremado e excessivo. As causas excessivamente intensas produzem efeitos contrários. A dor faz gritar; mas se é excessiva, faz
emudecer: a luz faz ver; mas se é excessiva, cega: a alegria alenta e vivifica; mas se é excessiva, mata.
Assim o amor: naturalmente une; mas se é excessivo, divide: Fortis est ut mors dilectio: o amor, diz Salomão, é como a morte. Como a morte, rei sábio? Como
a vida, dissera eu. O amor é união de almas; a morte é separação da alma: pois se o efeito do amor é unir, e o efeito da morte é separar, como pode ser o amor semelhante à morte? O mesmo Salomão se explicou. Não fala Salomão de qualquer amor, senão do amor forte? Fortis est ut mors dilectio: e o amor forte, o amor intenso, o amor excessivo, produz efeitos contrários.
É união, e produz apartamentos. Sabe-se o amor atar, e sabe-se desatar como Sansão: afetuoso, deixa-se atar; forte, rompe as ataduras. O amor sempre é amoroso;
mas umas vezes é amoroso e unitivo, outras vezes amoroso e forte. Enquanto amoroso e unitivo, ajunta os extremos mais distantes: enquanto amoroso e forte, divide os extremos mais unidos.

ANTONIO VIEIRA. Sermão do Mandato

3 comentários:

Nathalia disse...

vou chamar o bope pra te prender!...vc ta com umas idéias muito transgressoras..
amor.
amor?
hahahah
que idéia mais doida
esses filmes de hollywood tão te fazendo mal

aLiNe disse...

Não me desanima, Hermila... =/

Alexandre Vivacqua disse...

Parabéns. Tudo de muito bom gosto. Menina amorosa e aplicada. Nessa ordem.

Beijos,

Alexandre Vivacqua